sexta-feira, 17 de abril de 2009

sexta-feira quatro de abril(de 2008) pode se repetir

Na manhã de ontem parte da cidade de Felipe Guerra amanheceu debaixo d’água com o transbordamento do rio Apodi/Mossoró que corta parte do bairro cidade baixa, área urbana do município. Além de desabrigar os moradores de cidade baixa as águas ainda atingiram comunidades como São Lourenço, Brejo, Arapuá, Fazenda Nova, passagem Funda e Santana. Felipe Guerra havia registrado várias chuvas fortes, mas o que levou cerca de mil pessoas a ficarem desabrigadas foram mesmo as águas vindas da cheia do rio Apodi/Mossoró que estão descendo com bastante força da sangria da barragem de Santa Cruz que esta com uma lamina de 90 centímetros. A enchente provocou inúmeros problemas à população. Principalmente quem reside no perímetro rural e teve que abandonar suas casas, sendo transportados em canoas sem as mínimas condições de segurança. Ontem, o morador José de Arnaldo, que mora na Cidade Baixa há quase duas décadas, ficou com sua residência ilhada e precisou da ajuda da população para retirar seus três filhos e os móveis de sua residência. As vítimas da cheia, em Felipe Guerra, estão sendo abrigadas em casas de familiares e amigos que no momento de grande dificuldade têm se solidarizado com aqueles penalizados pelas enchentes. A agricultora Luzenira Doralice da Silva e o seu filho, que estava doente, foram resgatados por canoas na comunidade do Brejo. Em situação de desespero a Luzenira e a família foram socorridas e estão abrigadas na cidade. De um modo geral, vários reservatórios públicos e particulares da região Oeste estão sangrando numa magnitude de causar preocupações e contabilizar os primeiros prejuízos à população não somente de Felipe Guerra, como também de Riacho da Cruz, Lucrecia, Umarizal, Pau dos Ferros, Severiano Melo, Apodi, Governador Dix-Sept Rosado dentre outras localidades circunvizinhas. Devido à gravidade das enchentes, a Prefeitura de Felipe Guerra suspendeu as aulas da rede municipal de ensino, deixando 1450 alunos da cidade e do campo sem aula. Já a rede estadual de ensino também não terá condições de manter as escolas em funcionamento, pois os cerca de 600 alunos — a maioria moradores de comunidades rurais — não tem como chegar às escolas devido aos danos em vários acessos à cidade. “Não podemos fazer nada para mudar essa realidade, pois Felipe Guerra está em situação de calamidade e agora só nos resta ajudar as pessoas que estão precisando do apoio da municipalidade”, comentou o secretário de Educação Carlos Alberto Medeiros. A topografia de Felipe Guerra favorece ainda o processo de inundação. Grande parte das comunidades da zona rural e todo o Bairro de Cidade baixa ficam isolados quando o Rio Apodi/Mossoró recebe qualquer volume de água. Calamidade Pública
O prefeito de Felipe Guerra, Braz Costa (PMDB) decretou ontem “Estado de Calamidade Pública” face à situação em que se encontra boa parte do seu município e agora aguarda a ajuda da Defesa Civil. O prefeito também tem buscado apoio junto à Petrobras e outras instituições com a finalidade de amenizar os problemas. A Prefeitura através das secretarias estava dando assistência às familias atingidas.
matéria extraída e adaptada do blog grito verde (editada por Marcio Morais em 5 de abril de 2008)

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